segunda-feira, 14 de julho de 2014



O Lenhador Honesto
Há muito tempo, numa floresta verdejante e silenciosa, próximo a um
 riacho de águas cristalinas e espumantes corredeiras, vivia
 um pobre lenhador que trabalhava muito para sustentar a família.
Todos os dias, empreendia a árdua caminhada floresta adentro,
 levando ao ombro seu afiado machado. Partia sempre assobiando
 contente, pois sabia que enquanto tivesse saúde e o machado,
 conseguiria ganhar o suficiente para comprar todo o pão 
que a família precisava.
Um dia, estava ele cortando um enorme carvalho perto do rio.
 As lascas voavam longe e o barulho do machado ecoava na
 floresta com tanta força que parecia haver uma dúzia
 de lenhadores trabalhando.
Passado algum tempo, resolveu descansar um pouco, recostou
 o machado na árvore e virou-se para sentar, mas tropeçou numa 
raiz velha e retorcida, e antes que pudesse pegá-lo, o machado
 caiu pela ribanceira abaixo, indo parar no rio! O pobre
 lenhador esquadrinhou as águas tentando encontrar o machado,
 mas aquele trecho era fundo demais.
O rio continuava correndo com a mesma tranqüilidade de sempre , ocultando o tesouro perdido.
"- O que hei de fazer? Perdi o machado! Como vou dar de comer aos meus filhos? - gritou o lenhador."
Mal acabara de falar, surgiu de dentro do riacho um anjo...
"- Por que você está sofrendo tanto?" - perguntou, em tom amável.
O lenhador contou o que acontecera e ele mergulhou em seguida, tornando
 a aparecer na superfície segundos depois com um machado de prata.
"- É este o machado que você perdeu?"
O lenhador pensou em todas as coisas lindas que poderia compra
r para os filhos com toda aquele prata! Mas o machado não era dele,
 então balançou a cabeça dizendo:
"- Meu machado não era tão belo."
O anjo colocou o machado de prata sobre a barranco do rio e tornou a mergulhar. Voltou logo e mostrou outro machado ao lenhador:
"- Talvez este machado seja o seu?"
"- Não é, não! Esse é de ouro! Vale muito mais do que o meu."
O anjo colocou novamente o machado de ouro sobre a barranca
 do rio, mergulhou mais uma vez e trouxe o machado perdido.
"- Esse é o meu! É o meu, sim; sem dúvida!"
"- É o seu ."- disse o anjo, "... e agora também são seus os outros dois.
 São um presente, pela sua honestidade."
À noitinha, o lenhador empreendeu a árdua caminhada de volta
 para casa com os três machados às costas, assobiando
 contente e pensando em todas as coisas boas que eles iriam trazer
 para sua família.
A honestidade traz mais coisas do que podemos imaginar! "Quem ama
 não cansa...
E se cansar, ama o cansaço!"
(extraído do Livro das Virtudes para Crianças - autor desconhecido)

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